terça-feira, 23 de dezembro de 2008

MEUS VERSOS LÍRICOS


VIAGEM AO UNIVERSO DA POESIA
(Joésio Menezes)


Na companhia dos meus sonhos
Viajei pelo Universo da poesia,
E passando por lugares incertos
Vi Camões navegando sobre as águas
Dos “mares nunca dantes navegados”.


Em Pasárgada, encontrei Bandeira,
O amigo do rei,
Levando a mulher que ele sempre quis
Para a cama que escolheu.

Na Via-Láctea de Bilac,
Vi Cecília correndo
Entre os Canteiros da saudade
Em busca da felicidade,
Motivo pelo qual não é alegre nem triste,
É poeta...

Enquanto Augusto dos Anjos
Escarrava na boca que o beijara,
Vi Neruda escrever alguns Versos Tristes
E os oferecer a Marília de Dirceu
Em troca de um singelo favor:
Pedir a Drummond
Que tire a pedra do caminho de José,
Pois ele precisa chegar ao Navio Negreiro
Antes que Colombo feche as portas dos mares
Ao Fanatismo de Florbela.

Vi plantarem a Rosa de Hiroshima
Enquanto Mário Quintana
Entoava A Canção da Vida
Na tentativa de permitir
Que minha terra ainda tenha palmeiras
Onde possa cantar o sabiá.

E antes que minh’alma se tornasse pequena,
Fiz com que tudo valesse a pena:
Dancei A Valsa de Casimiro
Ao som da Harpa da Cruz e Sousa
E me pus, sorridente, a versejar.


MADALENA BARRANCO
(ao arcanjo do “Flor de Morango”)

Meus versos, espalho-os ao léu
A fim de alcançar o cristalino
Dos olhos do arcanjo fiel,
Amigo dos poetas genuínos,
Levando-lhe a essência do cordel,
Especialidade do povo nordestino
Nascida como se fosse a Babel
Armíssona do trovador latino...

Bancando um autêntico menestrel
Assumo meu grande desatino:
Roubei as estrelas lá do céu,
Riscando-as de vez do meu destino;
Amontoei-as no fundo do meu fardel,
Não lhes permitindo sequer ouvir o hino
Cantado por meus versos no papel
Ou pelas rimas do poeta sem tino.

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