quinta-feira, 25 de outubro de 2012


UM DEDO DE PROSA

E ASSIM CAMINHA A IMPUNIDADE...

Não sei porque ainda perco tempo acreditando que a justiça será feita contra os grandes!
Está mais do que comprovado que só vão para a cadeia os “ladrões de galinha”; aqueles que não têm dinheiro para pagar um bom advogado e, consequentemente, “comprar a justiça”; os que não têm quaisquer privilégios jurídicos, políticos ou sociais...
Desde a chegada de Cabral à Ilha de Vera Cruz, a corrupção, a ladroagem e a impunidade imperam no Brasil. Desde aquela época, ao povão sobram apenas trabalho e impostos, ordens e deveres, repressão e chibata, miséria e fé...
Pessoas de boa fé ainda existem, mas são espécimes raros, quase em extinção... E não demorará muito e não mais as teremos, pois a corrupção e a certeza da impunidade provavelmente também aliciarão essas poucas pessoas que ainda resistem ao brilho reluzente dos cifrões.
E aí alguém me perguntará: “E essas pessoas ligadas ao Mensalão e falcatruas afins que foram condenadas, elas não irão para a cadeia?”
Pois bem, julgados e condenados eles foram!... Agora, irem para a cadeia são outros quinhentos!
Estou pagando para ver!...


MEUS VERSOS LÍRICOS

O TEMPO E A SAUDADE
(Joésio Menezes)

Eita tempo que não passa!
Ah, saudade que no peito me dói!
Saudade que me deixa sem graça,
Tempo que minha paciência destrói...

Ó, Tempo!... deixa de pirraça
E sê para sempre o meu herói!
Ó, Saudade!... não sejas a desgraça
Que o meu coração corrói!

Sede meus companheiros, apenas,
E não me façais viver a duras penas
A falta que sinto da minha amada!

Acelera, ó tempo amigo,
E faz com que ela esteja comigo!...
Afasta de mim essa dor malvada!


FAZENDO POESIA
(Joésio Menezes)

Para se fazer poesia
É preciso tê-la em mente
E no coração o amor,
Dela a principal semente.

Basta que saibamos ver
Com os olhos da inspiração
O significado das coisas,
Sejam concretas ou não.

Basta sentirmos no ar
O perfume das letrinhas
E organizá-las, uma a uma,
Até formarmos palavrinhas.

A seguir, é preciso juntá-las
Até que um verso formem.
Depois outro e mais outro...
E em estrofe se transformem.

Uma estrofe aqui, outra ali,
E a poesia está formada...
Pouco importa se não tem rima
Ou se ela é totalmente rimada.

O mais importante é saber
Que está pronta a poesia
E que ela nos representará
No Reino Encantado da alegria.

O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA

MENINA BONITA
(Patrícia Ximenes)

Menina bonita
sem laços de fita 
guarda no peito 
amor sem defeito 
e sabe bem 
o que a vida tem 
de bom para dar...

Menina bonita 
conhece direito 
o que é respeito 
por um coração 
cheio de emoção 
segue a razão 
sem medo de errar...

Menina bonita 
usa sapatilhas 
se veste tão linda 
cor de purpurina 
perfuma onde passa 
até cria asas 
e consegue voar 
onde o coração quer chegar...

Menina bonita 
de mente limpa 
enfrenta o mundo 
com suas ideias 
acumula plateia 
por ser sem igual 
com todo o seu potencial 
de uma estrela a brilhar...

Menina bonita 
ela sou eu!


AO ENCONTRO DO SEU CORAÇÃO
(Graciela da Cunha & Ginna Gaiotti)
.
Estou como abelha
ziguezagueando
por todos os lugares,
mergulhando em
alta velocidade,
dando rasante
para chegar
em seu coração...
Sinto borboletas
voando sobre mim,
rasgando a noite e
colorindo a escuridão!
É o frio no peito
anunciando paixão.
Sou eu pedindo amor,
_ tentando chegar
em seu coração...


CRÔNICA DA SEMANA

CARTA EXTRAVIADA
(Martha Medeiros)

Não é da minha natureza esperar que me deem liberdade, não espero pelo pouco que há de essencial na vida. Sendo liberdade uma delas, eu mesmo me concedo. Ser livre não me ensinou a amar direito, se por direito entende-se este amor preestabelecido, mas me ensinou as sutilezas do sentimento, que, afinal, é o que o caracteriza e o torna pessoal e irreproduzível. Te amo muito, até quando não percebo. O amor que eu sinto pode parecer estranho, e é por isso que o reconheço como amor, pois não há amor universal: não, caríssima. Não há um amor internacional, assim como são proclamados os cidadãos do mundo. Cada cidadão, um coração, e em cada um deles, códigos delicados. Se não é este o amor que queres, não queres amor, queres romance, este sim, divulgadíssimo. Te amo muito, e não sinto medo. Bela e cega, buscas em mim o que poderias encontrar em qualquer canto, em todo corpo, homens e mulheres ao alcance de teus lábios e dedos, romance: conhecido o enredo, é fácil desempenhá-lo. E se casam os românticos, e fazem filhos e fazem cedo. O amor que sinto poderia gerar casamento, pequenos acertos, distribuição de tarefas, mas eu gosto tanto, inteiro, que não quero me ocupar de outra coisa que não seja você, de mim, do nosso segredo. Te amo muito, e pouco penso. Esta carta não chegará, como não chegarão ao seu entendimento estas palavras risíveis, estes conceitos que aos outros soariam como desculpa de aventureiro ou até mesmo plágio, já que não há originalidade na ideia, muito difundida, porém bastante censurada. Serei eu o romântico, o ingênuo? Serei o que quiseres em teu pensamento, tampouco me entendo, mas sinto-me livre para dizer-te: te amo muito, sem rendimento, aceso, amor sem formato, altura ou peso, amor sem conceito, aceitação, impassível de julgamento, aberto, incorreto, amor que nem sabe se é este o nome direito, amor, mas que seja amor. Te amo muito, e subscrevo-me.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012


UM DEDO DE PROSA

POR ONDE ANDAM AS BORBOLETAS?

Primavera chegou... e no seu encalço, as cigarras entoaram suas cantorias; as flores desabrocharam, trazendo encanto e magia aos poetas; os ipês coloriram praças, bosques e alamedas; os beija-flores em bando deram o ar da graça e, galantemente, seduziram flores,vates e trovadores com o seu balé... Entanto, notei a ausência das aquarelas aladas que, noutras primaveras, frequentavam bosques e jardins.
Pergunto-me, pois: Por onde andam as borboletas?... O que houve com elas que não mais as vemos circulando pelos jardins e colorindo nossas vidas?... Estariam elas fugindo da ação predadora dos colecionadores ou em processo de extinção?... Algum dia voltaremos a vê-las invadindo nossas casas, janela adentro, como outrora?...
Sei não!...
Talvez a insensibilidade e a ambição do homem estejam nos impedindo de vê-las fora de borboletários e de quadros expositores de borboletas empalhadas; talvez a especulação imobiliária, responsável pelo desaparecimento de florestas, bosques e jardins, esteja levando-as, também, ao desaparecimento e, consequentemente, à extinção da sua espécie.
A primavera chegou linda, encantadora, exuberante... porém, incompleta, pois com ela deixaram de vir as borboletas, cuja coreografia policromática nos fascina e enche de alegria e encanto a Mãe Natureza.

MEUS VERSOS LÍRICOS

BORBOLETA MENSAGEIRA
(Joésio Menezes)

Vai, linda borboleta, avia!...
Vai... diz a ela que estou sofrendo,
Que minha vida está vazia
E que aos poucos estou morrendo.

Diga-lhe que não posso mais
Suportar essa imensa dor
Devido a falta que ela faz
E pela falta do seu amor.

Vai, borboleta, vai correndo!
Conte-lhe o que está acontecendo!
Quem sabe ela volta para mim?...

Diga-lhe que ando angustiado
E que preciso dela ao meu lado,
Por isso estou sofrendo assim.



TU E AS BORBOLETAS
(Joésio Menezes)

As borboletas procuram as flores,
E estas, por sua vez, ficam felizes
Co’o sobrevoo que os vários matizes
Fazem sobre elas sem quaisquer pudores.

E quando tu mostras os teus primores
Às borboletas de belos matizes,
Elas deixam profundas cicatrizes
Nas pétalas das enciumadas flores

Que veem em ti a única rival
Capaz de roubar-lhes o ritual
Encantador das asas multicores...

E as borboletas, sabendo disso,
Fazem um pacto, selam compromisso
De serem só teus seus voos sedutores.

O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA

AS BORBOLETAS
(Denise Figueiredo)

As borboletas voam
As meninas sonham
Crescem e sonham mais
Se antes o sonho era pequeno
Não passava da porta
Agora vai mais longe
Cada vez mais
Antes sozinha
No máximo eram
Borboletas, estrelas e coloridos
Agora são sonhos naturais
Vistos desejados
Sonhos reais.
Elas podem sonhar
Porque sabem realizar
São fortes  e persistentes
Não acordam enquanto 
Seu sonho completo não está
Sozinha ou com alguém 
O que importa é sonhar
As borboletas voam quando meninas
Crescem e passam a vida a sonhar
Como águias se debatem
Para o sonho realizar
Pois vira mulher
Mulher que sabe o que quer


IMPRECISÃO
(Edelson Nagues)

O que mais espanta
é o homem, sempre,
querer-se exato.

Pois sua medida
perde-se nas trincas
de seu próprio ato.

E, se o ato trinca,
permite o assalto
da imprecisão.

E esta, insolente,
espalha-se por tudo
(grama pelo chão).

Feito epidemia,
todos contamina,
alhures e aqui.

E o homem, pego,
perde a medida,
perde-se de si.

E, uma vez perdido,
o homem se lança
ao léu das palavras.

Mas estas, latentes,
menos se revelam
quanto mais se cava.

Mas revelam o homem,
que, à sombra delas,
tenta se esconder.

Ele, então, desnudo,
mostra-se inteiro
em um outro ser.

Só assim, desfeito,
o homem se refaz
da potência ao ato.

E, ao refazer-se,
torna-se complexo,
ainda que inexato.
CRÔNICA DA SEMANA

A LAGARTA E A BORBOLETA
(Cláudia Banegas)

Um amigo me emprestou o livro “Política e Paixão”, de Affonso R. de Sant’anna. Casualmente, encontrei nele um trecho que chamou minha atenção. Fala sobre uma imagem de Marshall Mluhan, de que uma lagarta, olhando para uma borboleta voando, virou e disse: “Vocês nunca me transformarão numa coisa daquelas.”
Interessante porque, a borboleta é contraditória. Ao mesmo tempo em que ela é o fim da vida da lagarta, é o início de um novo ciclo.
Transformou-se.
O destino da lagarta é virar borboleta, é evoluir. Esta metamorfose é bem dolorosa para a borboleta, não pelo processo em si, uma vez que a lagarta “morre” para si mesma, vivendo enclausurada em seu casulo, mas sim na hora em que o mesmo se abre.
O esforço é grande para rasgá-lo, e mais tarde, outro esforço é exigido, quando as asas precisam ser estendidas para que sequem totalmente.
Transforma-se então, é se esforçar.
Metaforicamente, é morrer para aquilo que já não serve mais e partir para um novo patamar.
Haverá perda, mas em contra-partida, ganhos surgirão. É inevitável, é o curso da vida. O rio flui. A vida de uma lagarta não tem muita graça, pois, pesada, só rasteja, comendo folhas. Jaz ali, tão limitada...
Depois da metamorfose, ela não mais existe naquela forma. Em seu lugar, surge a leve e colorida borboleta, que não conhece limitações. Voa rápido por entre as flores em um jardim, ávida pelo néctar, energizada pelos raios de sol. Irradia vida!
Evoluir como pessoa requer coragem, mas não me refiro a de transformar-se, porque isso é totalmente natural, afinal vivemos abrindo e fechando ciclos em nossa vida. Falo da coragem de olhar para dentro de si e reconhecer: “Sou lagarta”.
A partir daí, o casulo já não é visto como uma prisão ou um túmulo, mas como um portal, que dá passagem para um mundo novo, visto de cima.
Nunca mais as coisas serão as mesmas... Uma vez borboleta, lagarta nunca mais.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012


UM DEDO DE PROSA

PARADOXALMENTE, ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE...

Ninguém me convence de que o grande ditador venezuelano, Hugo Chávez, foi reeleito de forma legal e democrática, ou de que o povo ainda o quer no poder.
Pouco antes do encerramento da votação, pesquisas de boca de urna mostravam Henrique Capriles Radonski à frente de Chávez, e de uma hora para a outra o bolivariano sai “vencedor” para comandar a Venezuela pelo 4º mandato consecutivo!... O curioso é que os canais de TVs disseram que a justiça eleitoral daquele país soltou um comunicado anunciando que o resultado das eleições somente seria divulgado quando todas as urnas já tivessem sido abertas e seus votos contados, ou seja, ninguém acompanharia a contagem dos votos, e dessa forma o resultado final seria facilmente manipulado de acordo com a necessidade chavista.
O mundo todo sabe que é Chávez quem manda e desmanda naquele país, que é ele quem decide o destino de cada cidadão venezuelano, que é ele o DONO de tudo e de todos, que ninguém ali faz nada sem o seu consentimento. E ai daquele que ousar contestá-lo ou contrariá-lo!... O mundo todo sabe do que ele é capaz quando alguém se opõe às suas vaidades.
Pois é!... Ninguém me convence de que não teve o “dedinho” do TODO PODEROSO venezuelano e de seus aliados nas apurações das urnas e no resultado final do pleito presidencial.
Porém, deixemos de lado os problemas venezuelanos e pensemos um pouco mais naqueles trabalhadores brasileiros que muito se esforçam para que o nosso país não passe por situação semelhante à da Venezuela: os PROFESSORES. Estes sim, são heróis de verdade!... E pensando nesses heróis, o PORTAL DA POESIA deseja-lhes (não somente para o dia 15 de outubro, mas para todo o sempre) muita PAZ, SAÚDE, e PERSEVERANÇA, pois como bem disse Samuel Johnson, “os grandes feitos são conseguidos não pela força, mas pela perseverança”.

A todos os MESTRES, um felicíssimo DIA DO PROFESSOR!...



MEUS VERSOS LÍRICOS

A ARTE DE SER PROFESSOR
(Joésio Menezes)

Trago nas mãos um pedaço de giz
E com ele vou traçando metas,
Desenhando signos, riscando retas
E descobrindo o quanto sou feliz.

Vou ensinando que nos vários Brasis
Tivemos guerras, violentas e discretas,
Tivemos reis, escravos e poetas
Que fizeram a história do nosso país.

Trago em minhas calejadas mãos
A responsabilidade de formar cidadãos
E a esperança de um futuro promissor.

E em meio a tantos me vem certeza:
Surgirá alguém que tenha a nobreza
De seguir a arte de ser professor.


DULCES VERSOS A TI
(Joésio Menezes)

Mis dulces versos los escribo a ti;
A ti, también, mis palabras de amor.
Pero los que cantan la tristeza e el dolor
Los guardo solamente para mí.

Así, el dolor, hermana de la tristeza,
Tu no puedes hoy llevar contigo
Por que él es mi único amigo
Y compañero de las dudas de mi cabeza.

A ti te ofrezco todo el sentimiento
Que hay en mis versos cuyo aliento
Es saber que no me amas tanto así.

En cambio, solo te pido un beso.
Un beso y nada más; y para eso
Los dulces versos los escribo a ti.




O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA

NOTÍCIAS DO DIA
(Donizete Galvão)

Alarido de periquitos
Que se camuflam
Por entre o verde
Das touceiras de taquara.

Surpresa de amoras,
Maduras no ponto exato,
Em meio ao emaranhado
Da moita de espinhos.

Roçar de andorinha
Entre voo e pouso.
Parábola desenhada
Por vento e asa.


OS PROFESSORES DA MINHA ESCOLA
(Clarice Pacheco)

A professora de Matemática,
com suas contas complicadas,
falando em equações,
no Teorema de Pitágoras.

A professora de Português,
com seu modo indicativo,
falando em advérbios,
interjeições, substantivos.

A professora de Geografia,
com seus complexos regionais,
falando em sítios urbanos,
em pontos cardeais.

A professora de Ciências,
com seus ensinamentos ecológicos,
falando em evolução,
em estudos biológicos.

A professora de História,
com seus povos bizantinos,
falando na Idade Média,
no Imperador Constantino.

A professora de Inglês,
com seus don't, do e does,
falando em personal pronouns,
na diferença entre go e goes.

A professora de Artes,
com suas obras e seus artistas,
falando em artes ópticas,
 em pintores surrealistas.

O professor de Educação Física,
com suas regras de voleibol,
falando sobre basquete,
em times de futebol.

Os professores da minha escola,
com suas matérias que, às vezes, não entendemos,
falando em todas as coisas,
que aos poucos vamos aprendendo.

CRÔNICA DA SEMANA

PROFESSOR
(Jô Soares)

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!...
Se é jovem, não tem experiência. Se é velho, está superado. Se não tem automóvel, é um pobre coitado. Se tem automóvel, chora de "barriga cheia'. Se fala em voz alta, vive gritando. Se fala em tom normal, ninguém escuta. Se não falta ao colégio, é um 'caxias'. Se precisa faltar, é um 'turista'. Se Cconversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos. Se não conversa, é um desligado. Se dá muita matéria, não tem dó do aluno. Se dá pouca matéria, não prepara os alunos. Se brinca com a turma, é metido a engraçado. Se não brinca com a turma, é um chato. Se chama a atenção, é um grosso. Se não chama a atenção, não sabe se impor. Se a prova é longa, não dá tempo. Se a prova é curta, tira as chances do aluno. Se escreve muito, não explica. Se explica muito, o caderno não tem nada. Se fala corretamente, ninguém entende. Se fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário. Se exige, é rude. Se elogia, é debochado. Se o aluno é reprovado, é perseguição. Se o aluno é aprovado, deu 'mole'.
É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!

quinta-feira, 4 de outubro de 2012


UM DEDO DE PROSA

EFEITOS COLATERAIS DO CALOR

Aqui estou eu mais uma vez para reclamar do calor, da secura, da falta de chuva, da indisposição que esse tempo nos causa!...
Até parece que, se eu reclamar, São Pedro vai me ouvir e impedir que soframos tanto com a falta de chuvas, com as altas temperaturas e com a baixa umidade que tanto nos castigam.
Reforço aqui o que eu disse duas semanas atrás: “parece que o Sol está bem próximo de nós, pois seus efeitos nos dão a impressão de estarmos vivendo dentro de uma caldeira gigante tamanho é o calor dos últimos dias”. E nem mesmo a chegada da Primavera foi capaz de tanger para longe essa forte quentura que muito nos incomoda.
O calor é tanto que meus miolos não estão funcionando direito e, consequentemente, não ando concatenando coisa com coisa. Prova disso é este texto que acabo de escrever, o qual nada diz, nada revela e nada acrescenta à literatura brasileira.


MEUS VERSOS LÍRICOS

FLORES, POETAS E COLIBRIS
(Joésio Menezes)

Desde que o mundo é mundo,
E dele somos moradores,
Poetas de pudor profundo
E majestosos beija-flores

Travam duelo infecundo
Pela atenção das lindas flores
Que provocam ais moribundos
Nos colibris e trovadores...

Não se dando por satisfeitas,
As flores, numa ação suspeita,
Inda liberam seus perfumes

Tão somente aos colibris,
Levando os poetas gentis
A se entregarem aos ciúmes.


ORAÇÃO AOS POETAS
(Joésio Menezes)

Que a fé nos fortaleça,
Que a verdade apareça,
Que o mal feneça,
Que o bem amadureça,
Que a esperança alvoreça,
Que a avareza desapareça,
Que a dor não nos esmoreça,
Que o medo não nos emudeça,
Que a caridade nos engrandeça,
Que o Amor aconteça,
Que Deus não nos esqueça
E que Ele se compadeça
Da humanidade perdida...

Amém!...