domingo, 11 de setembro de 2011

UM DEDO DE PROSA

DEZ ANOS DEPOIS

Passados dez anos do atentado de 11 de setembro, o mundo ainda se pergunta quantos mais ainda deverão morrer até que alcancemos a paz. E quantos mais pagaremos às indústrias bélicas para que elas fabriquem e forneçam armas às grandes potencias mundiais, armas estas usadas contra aqueles que nada têm a ver com a guerra entre o império capitalista e o decadente socialismo.
Enquanto se gastam bilhões de dólares no financiamento dessas guerras que só trazem desgraça e sofrimento à humanidade, milhares de crianças morrem de fome na Etiópia, no Haiti e noutras partes do mundo, inúmeras doenças ainda estão muito longe da cura, milhares (ou milhões) de hectares de florestas nativas do mundo inteiro estão desaparecendo ante a ação devastadora e gananciosa dos homens, o planeta Terra sucumbe diante da irresponsabilidade e da falta de zelo e de compromisso dos seus habitantes para com ele...
Hoje, dez anos depois, o mundo ainda está de olhos voltados para os Estados Unidos, rezando pela memória dos milhares que foram dizimados pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, porém, nada está sendo feito para amparar os milhões de famílias iraquianas e afegãs que perderam seus entes queridos, os quais nada fizeram para merecer uma morte de forma tão brutal quanto a imposta pela guerra que não é deles. O único erro cometido por essas famílias foi terem nascidos em terras cujos lideres são psicóticos alienados e/ou extremistas religiosos em busca da Salvação espiritual deles próprios, e para isso, usam como moeda de troca a vida alheia.
Rezemos pela memória dos que foram mortos no World Trade Center, porém, não nos esqueçamos de olhar para o outro canto do mundo, em que pessoas estão sendo extintas pela fome e, principalmente, pela ignorância dos que se acham superiores a tudo e a todos, inclusive a Deus.

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