
(Joésio Menezes)
Chega o beija-flor
E beija sua amada
Que espera, sem pudor,
Por ele ser beijada.
Voa o beija-flor
Em disparada
Sentindo o odor
De outra flor perfumada.
Regressa o beija-flor
Em busca da flor
Por ele trocada...
Triste, o beija-flor
Chora sua dor...
Perdeu sua amada.
UM TEU SONETO
(Joésio Menezes)
- ao poeta Vivaldo Bernardes -
Sim, meu amigo!... é nosso costume
- após a vida queimar seu pavio
e a vela derreter seu cerume -
enterrar quem daqui se despediu.
Porém, velho amigo, eu prometo
que, antes de descerem teu caixão,
em teu peito deixarei o soneto
que desejas ler na escuridão...
Não acho que seja exorbitante
esse teu pedido que, doravante,
atenderei, pela nossa amizade.
E sobre teu peito hei de deixar
um teu soneto a te sussurrar:
-“Enfim sós, por toda a eternidade...!”
Nenhum comentário:
Postar um comentário