sexta-feira, 16 de setembro de 2011

MEUS VERSOS LÍRICOS

TOMARA-QUE-CAIA
(Joésio Menezes)

Estávamos nós ali reunidos
Numa sala pequenina e quente...
Éramos treze, todos espremidos:
Onze mulheres, dois homens somente.

Uma delas tinha um só sentido:
Evitar que, sob o olhar da gente,
Os seios se mostrassem atrevidos
E se expusessem, repentinamente...

Ela vestia, além das justas calças,
Uma blusa sem mangas e sem alças,
A conhecida tomara-que-caia.

E enquanto a blusa ela ajeitava,
Cá com os meus botões eu suspirava:
“Oxalá, meu Deus!... tomara que caia!”


REFÉM
(Joésio Menezes)

Toda vez que tu me abraças,
Teu cheiro suave me passa
A impressão que és uma flor
À espera do colibri
Que sonha receber de ti
As delícias do teu amor.

E ao receber teu abraço,
Sinto bater em descompasso
O meu aflito coração.
Não sei se por causa do medo
De vir à tona seu segredo
Ou pelo fogo do tesão.

Sei apenas que o teu cheiro
Dá vida ao meu corpo inteiro
E instiga a minha libido,
Fazendo de mim um refém
Do teu perfume que me vem
Trazer desejos proibidos.

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