terça-feira, 16 de junho de 2009

UM DEDO DE PROSA


REALMENTE, A JUSTIÇA É CEGA (MAS QUANDO LHE É CONVENIENTE)!...

No último final de semana, um Subprocurador Geral do GDF dirigia embriagado e envolveu-se num acidente de trânsito, fugindo logo em seguida do local. A condutora do veículo atingido pelo carro do infrator seguiu-o até as proximidades da sua residência e cobrou-lhe explicações além da reparação dos danos. O subprocurador, cheio de "Autoridade", agrediu-a, tanto física quanto moralmente.
A Polícia Militar foi chamada pela vítima e, chegando ao local, tentou fazer o teste do bafômetro com o "Representante da Justiça do DF", que se recusou a fazê-lo. Os policiais deram-lhe voz de prisão. Consternado, o Subprocurador desacatou os PMs e, em seguida, foi levado à delegacia para prestar esclarecimentos.
Não se dando por satisfeito, o infrator, dizendo ser um Advogado, fez ameaças de morte aos policiais que o prenderam, isso debaixo do nariz do Delegado. Após ser autuado em flagrante, o "meliante" disfarçado de Autoridade Embriagada foi liberado sem pagar fiança.
Depois do ocorrido, a Procuradoria Geral do GDF disse não haver motivos para que o "bom sujeito" seja punido, pois ele não ofendeu, em nada, a Instituição, que é superior a "qualquer ser humano".
Com isso, fiocu provado, mais uma vez, que a Justiça brasileira somente beneficia os "Meretíssimos", os "Doutores", os "Coronéis" e os que têm dinheiro para comprá-la.


MEUS VERSOS LÍRICOS


AO POETA ILTON GURGEL
(Joésio Menezes)

É com grande satisfação
Que venho apresentar
A quem gosta de poesia
Um poeta potiguar
Natural de Caraúbas,
Homem simples, popular...


Homem simples e popular
Em Brasília residente,
Católico carismático,
Casado e pai presente
Na vida dos dois filhos
Que ama incondicionalmente.

Ama incondicionalmente
Também a seu Criador
Que lhe deu tudo na vida:
Saúde, paz, amor
E uma Sagrada família,
Como a de Jesus, o Salvador.

Foi em Jesus, o Salvador,
Que buscou inspiração
Para escrever seus versos
Com esmero e dedicação
E para falar aos amigos
Com a voz do coração.

Com a voz do coração
Ele passa a seus leitores
A palavra do Senhor
Melhor que os Pregadores
Cuja fé afugenta,
Seus fiéis seguidores.

Os fiéis seguidores
Do poeta em questão
Percebem em seus versos
O amor e a devoção
Que o nosso menestrel
Descreve com paixão.

Descreve com paixão
E com fidelidade
A vida do Messias
Na sua totalidade
E através dos seus versos
Conhecemos a verdade.

Conhecemos a verdade
Muitas vezes distorcida
Pelos que leram a Bíblia
Grande parte da sua vida
E ainda não perceberam
Que ela deve ser seguida.

Ela deve ser seguida,
Ainda que nos cause dor,
E mostrada ao mundo
Com sapiência e rigor
Para que a humanidade
Conheça o seu valor...

E conhecendo seu valor,
O poeta potiguar,
Por meio dos seus versos,
Faz questão de relatar
A verdade nua e crua
Sem medo de errar.

Sem medo de errar
O poeta vai seguindo
O que diz seu coração
E os versos vão surgindo
E revelando o artista
A que estou me referindo.

Estou me referindo
Ao nobre menestrel,
Cantador da popular
Literatura de Cordel,
Apresento a vocês
O poeta Ilton Gurgel.


O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA E UNIVERSAL


TRADUZIR-SE
(Ferreira Gullar)

Uma parte de mim é todo mundo
Outra parte é ninguém, fundo sem fundo
Uma parte de mim é multidão
Outra parte estranheza e solidão
Uma parte de mim pesa, pondera
Outra parte delira
Uma parte de mim almoça e janta
Outra parte se espanta
Uma parte de mim é permanente
Outra parte se sabe de repente
Uma parte de mim é só vertigem
Outra parte linguagem
Traduzir uma parte na outra parte
Que é uma questão de vida e morte
Será arte?


TANAJURA
(José Geraldo Pires de Mello)

Por conta de um bom descanso
A que o meu gosto se inclina,
Para o banho de água quente,
Fui procurar a piscina.
Dentro d’água estava bom
Mas vi, na manhã tão linda,
Que a coisa na passarela
Bem melhor estava ainda.

Uma garota maciça
Entre as demais encontrei,
Com trajes tão reduzidos
Que juro que me espantei.
Usava um biquíni escasso,
Do qual, num critério justo,
Uma gravata far-se-ia,
Ligando as peças, a custo...

O sutiã não cumpria
Sua missão, que é de escora:
Escorava o que podia,
Deixando o resto de fora...
E a tanga-miniatura,
Numa dona tão rotunda,
Era assaz incompetente
Para conter tanta bunda...

Melhor de frente ou de costas?
Francamente, eu não sabia,
Porém, na terceira volta,
Jurei que a frente perdia,
Que a dona, pelo argumento
Das ancas fartas e duras,
Devia ser diplomada
- Rainha das Tanajuras!

Deixo o registro fiel,
De todo isento de enganos,
Que a pequena rebolava
Mas não cabia nos panos.
E vendo-a por trás, de novo,
No molejo em que ela ia,
Eu lhe dei, sem duvidar,
O grau dez que merecia!...


CRÔNICA DA SEMANA


UMA CRÔNICA QUALQUER
(Joésio Menezes)

Hoje, eu gostaria de escrever uma crônica. O fato é que não me veio nenhuma idéia do que pretendo falar, apesar de que assunto em nosso país é o que não falta.
O leque de temas e problemas no Brasil é amplo e nos facilita descrevê-los enquanto os escrevemos, mas também nos complica porque, quase sempre, queremos “abraçar o mundo com as pernas”, e “quando muito se quer, pouco se tem”.
É assim comigo e com muitos outros que se atrevem a dar uma de cronista: começamos a escrever sobre algo, de repente não mais é aquilo que queremos falar, pois outro fato nos chamou a atenção. Às vezes, a ideias nem surgem!...
Posso citar o dia de hoje como um bom exemplo ilustrativo do que falei há pouco. Sentei-me diante do computador com uma ideia na cachola e de repente outras surgiram, no entanto, nenhuma delas eu consegui levar adiante. Eu queria ter escrito uma crônica que abordasse um tema não muito específico, mas que prendesse a atenção do leitor.
Primeiro pensei em escrever sobre a estreia do Brasil na Copa das Confederações, mas como não sou cronista esportivo, deixei essa ideia de lado. Depois, tentei enveredar na direção do Voo 477, do Airbus 330 da Air France; achei muito sensacionalismo para um assunto já tão discutido, questionado e longe de ser resolvido. Em seguida, comecei a rascunhar algo a respeito do Subprocurador Geral do GDF, envolvido num acidente de trânsito no último final de semana; também não o levei adiante por achar que minhas palavras a nada levariam. Já no desespero, tentei arriscar alguns vocábulos sobre as eleições do Irã, e mais uma vez abortei a ideia, pois pouquíssimo sei sobre aquele país. Enfim, resolvi falar sobre as sensações libidinosas que se apossam de nós quando sentimos um perfume feminino de aroma afrodisíaco, porém, não me lembrei de como são essas sensações tampouco o motivo do meu esquecimento. Resultado: não tive sobre o que escrever, o que resultou neste texto insosso.
Hoje, eu gostaria de ter escrito algumas linhas; um texto, por mais simples que fosse, ou seja, eu gostaria de ter escrito uma crônica qualquer.

2 comentários:

  1. Oi Joésio,
    quando morei em Brasília a coisa mais rídicula que eu achava era o tal do "vc sabe com quem está falando" e tb a mania das pessoas apresentarem as outras falando onde elas trabalham: -Esta aqui é fulana do banco Central, como se fizesse alguma diferença pra mim.
    Sei que não existe estas situações somente ai, mas não sei porque é tão forte nas pessoas.
    Seus posts estão ótimos como sempre.
    Bjs.

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  2. oi poeta!!!

    passo para desejar uma optima semana cheia de luz...

    belo post este gostei...

    Saudações poéticas

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