UM DEDO DE PROSA
“Não sei se a
Terra subiu ou se o Céu desceu”, ou se a sucursal do inferno mudou-se para
Planaltina. Sei apenas que o Sol parece estar bem próximo de nós, pois seus
efeitos nos dão a impressão de estarmos vivendo dentro de uma caldeira gigante
tamanho é o calor dos últimos dias.
O pior de
tudo é que, não bastassem as altas temperaturas registradas pelos serviços de meteorologia,
o clima de Brasília é muito seco e a baixa umidade judia não só as vítimas de
problemas respiratórios, mas todos os seres vivos que habitam essas terras: a
vegetação ressequida perdeu o viço; os pássaros não mais cantam com tanta
intensidade, pois, também, sentem suas “goelas” secas; inquietos, os animais
não têm sequer ânimo para se alimentar e as pessoas andam mal-humoradas, não só
pelos problemas pessoais por que passam, mas também pelo calor infernal que são
obrigadas a enfrentar diariamente.
Meu medo é
que esse calor insuportável derreta os nossos miolos e saiamos por aí cometendo
atrocidades contra os nossos semelhantes e contra nós mesmos. Porém, torço – e muito!
– para que essa quentura amoleça o coração dos homens e que, com isso, eles
possam aprender o real significado da palavra humanização e o da expressão “amor
ao próximo”.
Acho melhor praticarmos
o ritual da “dança da chuva” antes que por aqui apareçam alguns políticos do
entorno (em campanha política) com promessas de que falarão com Deus para que
Ele atenda às nossas preces!...
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