quinta-feira, 16 de junho de 2011

UM DEDO DE PROSA

À ESPERA DE UM MILAGRE

O episódio envolvendo quatro moradoras da Quadra 711 Sul, em Brasília - ocorrido na última terça-feira (dia 14/06) -, serviu para reforçar o que aqui publiquei na semana passada.
Naquela ocasião, afirmei que “fui condenado à prisão em minha própria casa”. Eu disse isso porque nós, cidadãos de bem, estamos sendo obrigados a reforçar nossas casas com grades em portas e janelas tendo em vista a ousadia dos bandidos que, em plena luz do dia, invadem nossos lares, contrariando o que diz a Constituição Federal do Brasil. Está lá, no Capítulo I, Artigo 5º, Parágrafo XI: “a casa é asilo inviolável do indivíduo, ninguém nela podendo penetrar sem consentimento do morador (...) ".
Preocupa-me, e muito, o fato de não mais termos a liberdade de usufruir desse direito, que nos fora constituído pela Carta Magna. Preocupa-me mais ainda saber que os malfeitores têm mais direitos que os cidadãos de bem.
Estamos nós condenados à “prisão perpétua” enquanto os bandidos, beneficiados por indultos e “saidões”, transitam tranquilamente pelas ruas, à caça de novas e indefesas vítimas. Estamos nós à mercê da sorte de não sermos escolhidos como vítimas dos marginais que, amparados pela Lei, agem sem qualquer constrangimento. Estamos nós vulneráveis à violência urbana, ao desinteresse dos políticos e às falhas do Sistema. Estamos nós desamparados pelo Estado. Somos nós ignorados pelas autoridades (in)competentes. Contamos nós com – e somente com - a Proteção Divina...

Nenhum comentário:

Postar um comentário