CALAFRIO
(Joésio Menezes)
Pelo corpo desce-me um calafrio.
Não o causado pela sensação de frio
Durante o período de inverno,
Mas o provocado pela consciência
Cujo dono vive na iminência
De bater à porta do inferno.
É um calafrio intenso, medonho,
Capaz de tornar o mais lindo sonho
Num turbilhão de pesadelos vis
E responsáveis pela inquietação
Do homem, que leva no coração
A certeza de que será infeliz.
Mas sou eu o verdadeiro culpado
Pelos meus atos desajuizados
E por tudo que me tira a razão...
Sou, ainda, o maior responsável
Pelo sofrimento desconfortável
Por que passa meu velho coração.
AMOR DE POETA
(Joésio Menezes)
- À poetisa Andrea Joy -
Meus versos, cujas rimas entorpecentes
mostram as marcas de um amor imenso,
são a razão do meu viver.
Neles, o amor de fogo transcendental
deixa claro o desejo insaciável
do poeta pela musa insana.
Mas ela costuma dizer adeus
sempre que, sob os lençóis,
meu amor de poeta revela-se imortal
diante da necessidade de amá-la.
Nesse instante, a insensatez de ambos
mostra-se recíproca e intensa.
E madrugada adentro
sofro com a sua ausência,
o que me provoca indagações
a respeito de outras vidas passadas,
por isso, reservo-me o silêncio enquanto
aguardo o ressurgir de uma musa...
O fato é que um dia, somente,
é pouco para se mostrar que o amor
pelo amor é fator essencial
se eu quiser que ela volte
e me proporcione um reprise
daquela noite sem ponto final.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirNão conhecia essa. Você é surpreendente. Amo isso em você. lINDAAAA!
ResponderExcluirBeijos...