segunda-feira, 22 de setembro de 2008

RESENHA LITERÁRIA


OLHAI OS LÍRIOS DO CAMPO
(Érico Veríssimo)

A obra Olhai os Lírios do Campo, publicada pela primeira vez em 1938, é dividida em duas partes de doze capítulos cada. Na primeira parte o jovem e ambicioso médico de nome Eugênio revela o seu passado por meio de flashbacks durante o percurso que faz até o hospital onde Olívia, sua amada, está hospitalizada. Assim, conhecemos a sua infância pobre e o quanto ele foi humilhado na escola de medicina devido a sua classe social. Na faculdade conhece Olívia que se torna sua amiga e seu amor. Os dois têm uma noite de amor no dia do estourou a Revolução de 30.
No entanto, Eugênio conhece Eunice, um mulher fútil e vazia, porém rica, muito rica. Eugênio casa-se com Eunice apenas para ascender socialmente e sua vida muda: Ele consegue um ótimo emprego na fábrica do seu sogro e vive com uma mulher que não ama.
Algum tempo depois, Eugênio reencontra Olívia, que vivia em uma colônia de italianos. Ela apresenta-lhe Anamaria, sua filha.
Votando ao tempo presente, Eugênio chega ao hospital e recebe a notícia de que ela morreu.
A segunda parte do romance acontece no tempo presente, e inicia-se logo após a morte de Olívia. No entanto, existe existem também alguns flashbacks que ocorrem por meio das partes de algumas das cartas que Olívia escreveu para Eugênio, mas que nunca lhe enviou. Eugênio decide separar-se da esposa e vai viver com a filha. Ele também volta a exercer a medicina, cuidando dos pobres. Assim, pouco a pouco, Eugênio se passa a valorizar as coisas simples da vida, como passear na companhia de sua filha em um dia ensolarado de verão.
Para melhor explicar a obra "Olhai os Lírios do Campo", nada melhor do que as palavras do seu próprio autor:
“Talvez Olhai os Lírios do Campo deva ser considerado mais uma parábola moderna na forma de romance do que um romance propriamente dito. Seja como for, aqui está o livro, com algumas correções no que diz respeito à linguagem. Se a história deu prazer a tanta gente (a julgar pelos milhares de cartas que até hoje venho recebendo e por manifestações pessoais de viva voz da parte de incontáveis leitores), não vejo razão para impedir que ela continue a sua carreira."

(Fonte: www.mundocultural.com.br/literatura1/modernismo)

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