terça-feira, 9 de setembro de 2008

MEUS VERSOS LÍRICOS



A NATUREZA PEDE SOCORRO
(Joésio Menezes)


É com pesar e humildade
Que peço à humanidade
Um pouco mais de cuidado,
Pois, à mingua estou morrendo
E comigo vão desaparecendo
O que pelo Criador foi deixado...

No alto da sua ignorância,
O homem desconhece a importância
Que tem para a vida a natureza.
Ele tudo devasta, polui, contamina,
Desmata, queima, extermina,
Causando-me dor e tristeza.

Cada floresta por ele desmatada
É uma vida de mim abortada,
É a morte certa de um afluente...
A cada dejeto no rio despejado,
Em cada árvore queimada no cerrado,
Comigo morre o homem lentamente.

Por isso, peço que se manifeste,
De norte a sul, de leste a oeste,
Uma brigada de conscientização,
Para que o homem possa reencontrar
Uma maneira de sua vida melhorar
Sem queimadas, desmatamento ou poluição.


JOSÉ
(Joésio Menezes)

Meu nome é José...
Não sou vagabundo,
Mas sou para o mundo
Um Zé “qualqué”.

Um Zé Ninguém
Sem eira nem beira,
Sem nada na algibeira...
Sequer um vintém!

Meu nome é José...
José sem amor, sem paixão;
José sem Deus, sem religião;
José sem credo... José sem fé.

Um José sem moradia,
Sem emprego, sem felicidade,
Sem sorte, sem dignidade,
Sem vida, sem cidadania...

José é o meu nome.
Sem Gênio, sem Fada,
Sem mágicas, sem nada...
Sem ao menos um sobrenome.

Um José que a vida pariu
Sem cara, sem identidade,
Mas o exame de paternidade
Diz que sou José do Brasil!..

Um comentário:

  1. Em cada árvore morre um homem... Isso é muito triste e verdadeiro... Muitos gnomos perderam suas casas e hoje vêm às cidades em busca de jardins com suas trouxinhas as costas.

    Beijos.

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