UM DEDO DE PROSA
Ela voltou!...
Finalmente, ela voltou!...
Ainda que por
pouco tempo, ela voltou e nos proporcionou uma manhã de quinta-feira regada a
bom-humor por parte de todos que, ansiosamente, esperavam a sua chegada. Já não
mais estávamos suportando os efeitos colaterais causados pela sua ausência,
pela sua demora em nos “dar as caras”.
Ela voltou
permitindo que os pardais festejassem com os seus a chegada de um novo dia, de
novos ares, de novos frutos; ela voltou para apagar os rastros de cinza deixados
cerrado adentro pelos corações desumanizados e pelas mentes sem brilho e sem
noção de vida.
Ela voltou para
prenunciar o fim do estio e o início da florada; para amenizar o mal estar por
que todos estávamos passando; para aliviar a sofreguidão do solo, para
fortalecer a esperança do lavrador, para alimentar o curso dos riachos; para matar a sede de inspiração dos compositores e dos poetas, que há muito ansiavam pelo cheiro de terra molhada...
Seja
bem-vinda, bendita chuva!
Nenhum comentário:
Postar um comentário