segunda-feira, 14 de novembro de 2011

CRÔNICA DA SEMANA

TEMPO
(Wandrei Braga, wandreibraga.blogspot.com)

O mesmo tempo que falta e se faz saudade com a separação, é o mesmo que nos torna insuportáveis um para o outro, ao mesmo tempo!
Ao mesmo tempo!
Ao tempo dá-se tempo, não muito, senão o tempo se transforma em abandono e solidão.
Com o tempo, muito tempo, enjoa e se transforma em angustia e repetição.
O tempo quando muito, falta; e quando falta, se perde.
Não existe tempo marcado, tempo finito, tempo que roda, tempo que cai, tempo que balança o pêndulo... O tolo pensa que sim. O sábio conhece os limites do tempo.
A cada um foi determinado o seu tempo e ao seu tempo o tempo que ainda nos resta.
O tempo se faz quando não há mais tempo, e só quem diz não ter tempo, quando dele se desfaz.

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