terça-feira, 2 de março de 2010

UM DEDO DE PROSA


APOCALÍPTICO

Não me lembro de ter falado a vocês que sou chorão. Desmentindo tudo aquilo que me foi dito quando eu era criança (cansei-me de ouvir falarem que “homem não chora”), digo-lhes agora: EU SOU CHORÃO.
A coisa se agravou ainda mais depois que passei dos trinta: chorei quando Ayrton Senna morreu; com o episódio de “11 de setembro”; quando o Brasil foi pentacampeão; quando Cielo e Maurren conquistaram a medalha de ouro nas Olimpíadas e, mais recentemente, na Formatura do meu filho... Só não chorei quando meu time foi rebaixado!... Ah, isso não!... Isso é lá problema deles!
Emociono-me facilmente, e como bem diz Zeca Baleiro, “ando tão à flor da pele que qualquer cena de novela me faz chorar”... E se chorar nos faz perder peso, creio ter emagrecido alguns quilinhos desde 1º de janeiro até hoje, pois diariamente tenho assistido nos telejornais a cenas de catástrofes naturais (algumas delas com uma “mãozinha” do homem), as quais mataram centenas de milhares de pessoas e deixaram outras tantas desabrigadas, com sequelas físicas e psicológicas difíceis (ou quem sabe impossíveis) de serem esquecidas.
Como não chorar pelas vítimas da tragédia de Angra; das enchentes Brasil e mundo afora, dos terremotos no Haiti e no Chile...? Como ficar alheio ao sofrimento das famílias que, em alguns lugares do mundo, nada têm a oferecer aos seus famélicos filhos?
Os mais religiosos costumam dizer que tudo isso está escrito em Apocalipse; que é sinal de que o mundo está perto do fim.
Às vezes também penso nessa hipótese, mesmo acreditando que o mundo só acaba para quem morre!...

4 comentários:

  1. Oi querido,
    bom saber que vc é chorão, mas um pro meu time. Agora, o mundo só acaba pra quem morre meu amigo.
    Ficou bonito seu cordel sobre vc e o Patativa.
    Bjs.

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  2. Este comentário foi removido pelo autor.

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  3. É o que eu sempre digo, Fatinha: "o mundo só acaba pra quem morre", mas às vezes as circunstâncias nos levam a refletir sobre o assunto!...

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  4. É mesmo difícil não se comover com tanto sofrimento. Grande abraço.

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