terça-feira, 19 de maio de 2009

UM DEDO DE PROSA


PREPOTÊNCIA À PARTE...

Semanas atrás aqui publiquei um texto sobre a hipocrisia. Tal texto surgiu porque me deram oportunidade e motivos para fazê-lo. E hoje cá estou eu tentando falar sobre a prepotência.
Algumas pessoas se dizem “prepotentes” sem ao menos saberem o que significa a palavra e buscam, por meio da dialética (que pensam saber usá-la melhor que as demais pessoas), intimidar ou ridicularizar os que as ouvem ou as leem.
Penso que para se autodenominarem “prepotentes”, essas pessoas têm a "obrigação" de ser melhores que as outras. Caso contrário, são só “mais um na multidão” tentando se esconder na suposta submissão dos outros.
Meus textos aqui estão para serem abertamente compartilhados entre todos os internautas, com direito, inclusive, às críticas. Jamais me autodenominei “grande” em nada (grande homem, grande pessoa, grande poeta, grande isso, grande aquilo...). Pelo contrário, sempre fiz questão de frisar que sou um "aprendiz de poeta", um "aspirante a escritor", um "estagiário de boa pessoa"... No entanto, nunca fui de esconder o que penso e o que escrevo. Se meus textos são “água com açúcar”, apimentados ou de “pequena grandeza”, cabe aos leitores classificá-los. Mas engavetá-los, isso não farei.
São muitos os grandes escritores que eu conheço, leio e admiro, porém nunca busquei copiar nenhum deles. Espelho-me sim no poeta José Geraldo Pires de Melo, porém copiá-lo não. Primeiro porque cada artista tem seu estilo; segundo porque quem tenta ser igual a outras pessoas não tem personalidade própria. Mas fico muito lisonjeado quando dizem que meus versos não passam de “uma cópia mal-disfarçada de Neruda”. Quem me dera conseguir copiar Neruda, ainda que mal-disfarçadamente!!!
Como já mencionei aqui mesmo nesse espaço, sei que meus textos não são unânimes no que se refere ao gosto dos leitores tampouco são os mais rejeitados, mas quem os lê e critica ou elogia, deixa sempre, às claras, meios de receber os meus agradecimentos. Esses leitores não se escondem numa “camuflada prepotência”, a qual prefiro chamar por outro nome: covardia, pois quem assim o faz tem medo de ler ou ouvir o que não lhes interessa.
Não me chateia receber críticas (por isso o Portal da Poesia está aberto a todos)!... Chateia-me, sim, saber que ainda há pessoas que se dizem “prepotentes” quando na verdade não passam de meros “aprendizes de Crítico”, assustados com o que lhes possa acontecer na busca da sua auto-afirmação.
Mais uma vez meus textos aqui estão. Leiam, comentem, critiquem... e perdoem-me, amigos, se estou sendo grosseiro, mas se meus escritos não lhes agradam, procurem outros sites, pois melhores que este tem aos montes na net. É claro que sua ausência me deixará triste, mas mais triste ainda ficarei se eu souber que aqui estão somente para agradar-me.

7 comentários:

  1. Tio Joésio, não se desanime, nem se deixe abalar. Os nossos escritos jamais devem ter como motivação o agrado a todos. Sejamos lúcidos sobre o que escrevemos e inflexíveis ao que tentam fazer de nós... bjo, Aline

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  2. Oi querido!
    Pois eu estou sempre aqui pq gosto muito!
    Só não sou sua seguidora pq vc não tem quadrinho de "seguidores".
    Os textos estão ótimos, principalmente este que comento agora.
    Bjs.

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  3. Olá amigo Joésio,

    Se depender de mim, do Duende Lilás e do Mundo da Fantasia, sua bela prosa & poesia sempre terá seu lugar garantido em nossas telas acesas.

    "Criticar" na literatura é analisar, o que é algo difícil devido ao incontável número de estilos abertos, tradicionais e principalemtne mesclados, que surgiram em nosso Conhtemporâneo. E... Quem somos para julgar o trabalho do outro? Por acaso somos Machado de Assis?

    Beijos - adoro suas letras.

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  4. Agora pronto ficou completo!
    Eu aqui e vc lá!
    Bjs

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  5. Caro professor, acredito que resulta em insanidade alguém autodeterminar-se prepotente. Também o sê-lo - ainda que sem a autodeterminação -, de certa maneira, não faz muita diferença, o resultado é quase o mesmo. Digamos que uma insanidade mais light.
    Por falar em insanidade, disso o amigo entende muito bem, afinal, está próximo de um dos principais focos de insensatez do país.
    Um abraço!

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  6. Quanto ao uso da palavra prepotente. Me perdoe se me expressei de modo que vc não pode compreender, mas para mim, ser prepotente significa abusar do poder que lhe é conferido (parece que Aurélio Buarque de Hollanda, estranhamente, concorda comigo) e tomando como verdadeira esta acepção fui sim prepotente pois sem ter poder nenhum me pus a criticar seus sonetos.

    Ainda sobre a significação dos vocábulos: a palvra jargão no soneto dedicado a mim, talvez esteja empregada de forma errada. "Falem mal, mas falem de mim" não é um jargão visto que não é utilizado apenas por determinados profissionais, mas sim por todo o povo.

    Ainda sobre o "meu" soneto: a metáfora "fazem dos versos o fio condutor/ que leva a alma ao nirvana" é belíssima e isso é inegável.

    Ao contrário do que possa parecer quando escrevo: "uma cópia mal-disfarçada de Neruda" não acredito que você tenha deliberadamente copiado Neruda, mas sim que o estilo de Neruda e de muitos outros estejam impregnados em você e então quando escreve deixa muito deles no seus versos. È contra isso que um artista luta, um artista está sempre buscando alcançar um estilo próprio, sempre tentando se livrar dos resquícios de outros artistas que por ventura estejam impregnados no seu eu-criador.

    Certamente não sou um aprendiz de crítico, apenas fiz um comentário sobre os versos pois achei que eram fruto de uma inspiração genuína e mereciam portanto um comentário sincero.

    Quanto ao blog que você não pode ver. não se exaspere. o blog é um trabalho coletivo e portanto não depende só de mim a escolha sobre quem pode visitá-lo. Me perdoe por isso.

    @madalena: se apenas Machado ou outros de seu nipe pudessem emitir juízos de valor sobre obras literárias a literatura estaria em um estado realmente horrível.

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  7. Dou-me, então, por satisfeito!...

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