CRÔNICA DA SEMANA
PROFISSÃO: MÃE
(Joésio Menezes)
Se perguntarem a ti, mulher, qual a tua profissão, responderás sem pensar:
“Sei lá!... Acho que não tenho não!... A falta de tempo não me permite pensar nisso. Sei apenas que de tudo faço um pouco!
Talvez eu seja uma boa cozinheira, pois sempre recebo elogios do meu esposo e dos meus filhos com relação à comida que faço!
Quando se aproxima o aniversário de um deles, sou eu quem organiza a festinha surpresa, por mais simples que seja. Posso, então, dizer que sou promotora de eventos.
Quando vamos a algum passeio ou a alguma festinha, sou eu quem escolhe a roupa que eles irão usar. Nessa hora tenho que incorporar o espírito de estilista para que a roupa escolhida tenha tudo a ver com o evento.
Algumas vezes sou cantora, pois na hora de fazê-los dormir, sou eu quem canta as canções de ninar; outras vezes sou atriz, pois ao ler para eles historinhas infantis, enceno cada ação das personagens com o maior realismo possível...
Quando os acusam de algo que não fizeram, entra em ação o meu lado advogado e defendo-os com unhas e dentes. Vou às últimas instâncias até provar que de fato são inocentes.
Às vezes exerço as funções de bombeiro, pois quando os ânimos das crianças inflamam em casa, sou eu quem tenta apagar o fogo antes que as fagulhas tornem-se labaredas e provoquem um grande incêndio familiar.
Se eles brigam entre si - às vezes por causa de brinquedos, às vezes sem motivo algum -, sou eu a policial que os prende, cada um em seu quarto, deixando-os de castigo por um bom tempo para refletirem sobre o que fizeram. Sou também a juíza que os tira desse castigo após ouvir, com imparcialidade, a versão de cada um.
Sou eu quem faz os curativos nas crianças quando se machucam nas partidas de futebol ou nas brincadeiras desastrosas. Eles costumam dizer que sou a melhor enfermeira do mundo.
Na hora dos deveres de casa, sou a professora que eles procuram para tirar-lhes as dúvidas ou explicar-lhes como se faz determinado exercício.
Sou a médica que cuida deles quando estão doentes e, também, a veterinária que prescreve a receita do seu animalzinho de estimação quando ele não está passando bem.
Enfim, quando encontram-se envolvidos com problemas de auto-afirmação ou de paixão platônica, sou a psicóloga que, mesmo sem ser procurada, se aproxima deles com o intuito de ajudá-los”.
E assim, mulher, vais tocando a vida: exercendo cada uma dessas profissões com o esmero que elas exigem e com o amor que todos necessitam, tudo na dosagem certa e dentro das tuas limitações. Mas não podemos nos esquecer de mencionar aquela que exerces com indiscutível dedicação, incomparável destreza e inigualável amor: MÃE, cujo Criador confiou somente a ti a responsabilidade para exercê-la.
terça-feira, 5 de maio de 2009
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