terça-feira, 13 de janeiro de 2009

CRÔNICA DA SEMANA


CRÔNICA DO AMOR
(Arnaldo Jabor)

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem. Caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Ninguém ama outra pessoa por que ela é educada, veste-se bem e é fã de Caetano. Isso são só referenciais. Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá ou elo tormento que provoca. Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que e revela quando menos se espera.
Ah, o amor essa raposa!... Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim. Amor não requer conhecimento nem consulta ao SPC. Ama-se pelo que o Amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim ó!...
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor de sua vida é.

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