(Joésio Menezes)
O menino desce a rua
Com seu estilingue na mão.
Nada leva na mente sua,
Também nada no coração...
Eis que surge à sua frente
Uma rolinha a voar,
No bico levando sementes
Pros filhotes alimentar.
O menino, então, prepara
A arma que traz na mão
Com uma pedra e dispara
Contra a pobre, que cai no chão.
A pontaria do menino
Na rolinha foi certeira:
A pobre teve seu destino
Abreviado na primeira
Tentativa do matador,
Que assistiu à inocente
Ser vítima do desamor
Que há no coração da gente.
Mas... enquanto, ali no chão,
A rolinha se debatia,
O menino viu seu coração
Se encher de agonia...
Quando já é quase lua,
Sem o estilingue na mão,
O menino sobe a rua
Com muita dor no coração,
Pois acabara com a vida
Daquele pobre passarinho
Que estava levando comida
Aos filhotes, lá no ninho...
Hoje, o menino cresceu,
Mas na lembrança inda traz
A rolinha que ele abateu
Alguns anos atrás
E essa triste história
Deixo registrada aqui
Na linguagem bem simplória
Destes versos que escrevi.
MATEMÁTICA
(Joésio Menezes)
Como dois e dois são quatro
E quatro e quatro são oito,
Então, cinco e cinco são dez;
Nove e nove, dezoito.
Se três vezes quatro são doze
E quatro menos três é um,
Assim, três mais quatro são sete;
Mas sete vezes três, vinte e um.
Gosto muito dos números,
Principalmente o Um e Seis,
Mas quem quiser minha amizade...
Nada de “regra de três”!
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