terça-feira, 18 de agosto de 2009

MEUS VERSOS LÍRICOS


MERCADORES DA FÉ
(Joésaio Menezes)

Os fiéis de algumas igrejas,
Acreditando na salvação,
Se deixam enganar
Por vigaristas da religião
Que lhes tiram sem piedade
Até o último tostão.

Até o último tostão
Sair dos bolsos seus,
Os fiéis nem desconfiam
Que não é a obra de Deus
Que estão financiando,
Mas a dos cínicos fariseus.

Esses cínicos fariseus,
Achando-se oniscientes,
Usam a fé e o dinheiro
Dos fiéis onipresentes,
Dizendo-se representantes
De Deus Onipotente.

O Deus Onipotente
Não passou procuração
Nem designou ninguém
A vender qualquer quinhão
Tampouco as chaves do Céu
A nenhum cidadão.

E nenhum cidadão
Por Ele foi obrigado
A pagar valor algum
Pelo perdão do seu pecado
Ou por qualquer garantia
De estar ao Seu lado.

Estar ao Seu lado
É a bênção prometida
Pelos mercadores da fé
Aos fiéis sem guarida
E aos mais afortunados
Na escalada da vida...

Na escalada da vida
Alguns fiéis desafortunados
Encontram pela frente
“Líderes” mal intencionados
Que se aproveitam da sua fé
E lhes roubam seus trocados.

Eles roubam seus trocados
E como não bastasse esse mal,
Prometem aos fiéis lesados,
Salvação e coisa e tal,
E que estarão com Deus
Quando do Juízo Final.

Quando do Juízo Final,
O Deus Pai, nosso Senhor,
Escolherá os mais crédulos
E não o maior doador,
Pois não é o seu dízimo
Que o fará merecedor.

O que o fará merecedor
Será sua postura de cristão,
A fé que tem em Deus
E o amor no coração...
Só assim será possível
Conseguir a Salvação.

Conseguir a Salvação
Doando tudo o que tem
Aos mercadores da fé,
Aos vigaristas do “Amém!”
Não é imposição de Deus
Nem de pessoas de bem.

As pessoas de bem,
Pagando dízimos ou não,
Estarão garantidas
Na “Tábua da Salvação”
E quando chegar a hora
Chamadas por Deus serão.

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