
“FALEM MAL, MAS FALEM DE MIM”
Confesso que fiquei muito surpreso e chocado com o comentário do(a) leitor(a) I. A. Vilella (postado justamente no dia do meu aniversário, 16/05). Talvez pelo fato de ele(a) sugerir que meus textos sejam engavetados visto que não têm “voz própria” (não conseguem ”livrar-se da tão alardeada angústia da influência”) e “não acrescentam absolutamente nada de novo ao mundo”.
Para quem escreve amadoramente (e não está acostumado a esse tipo de comentário), às vezes, essas críticas vêm como uma bomba. E comigo não foi diferente: a primeira leitura da “crítica” deixou-me em estado de choque e abatimento, pois a rudeza com que o(a) leitor(a) foi sincero(a) me pegou de surpresa.
Apesar do meu amadorismo, escrevo já faz alguns anos, e pela “experiência” que tenho no vasto universo da literatura (primeiro como estudante, depois como professor e, finalmente, como “aspirante a escritor”), já não era sem tempo uma “Crítica” desse nível. Inda mais porque sempre falei aos amigos que meu sonho era ver meus livros nas mãos de um renomado e respeitado Crítico Literário. Se ele os classificasse como sendo “os piores” trabalhos já postos diante dos seus olhos, certamente grande parte dos livros que tenho estocado em casa sairia como água, pois os verdadeiros amantes da literatura buscariam saber o porquê de tão depreciadora crítica.
Publicamente, peço desculpas ao(à) crítico(a) leitor(a) Vilella pela aspereza das minhas palavras, publicadas no texto PREPOTÊNCIA À PARTE (em 19/05), mas reitero aqui o que por mim foi dito naquela ocasião: JAMAIS ENGAVETAREI MEUS ESCRITOS, mesmo não sendo eles unânimes entre os que têm bom-gosto pela leitura... “O que seria do branco se todos gostassem do azul?”
E no embalo das “ponderações”, aproveito a oportunidade para, também, justificar a utilização do termo “jargão” (em vez de “provérbio”, “dito popular” ou “máxima”) cujo significado não me é desconhecido (linguagem própria de certos grupos ou profissionais). O termo foi por mim utilizado no soneto A “NÃO SEI QUEM” VILELLA com o intuito de instigá-lo(a), uma vez que me vi na obrigação de “forçar” uma rima (coração/jargão).