terça-feira, 11 de novembro de 2008

MEUS VERSOS LÍRICOS



MINHA CANETA
(Joésio Menezes)


Minha caneta percorre o papel
Rascunhando meus pensamentos,
Revelando meus sentimentos
Às estrelas que vagueiam no céu.

Vão gravando, feito um cinzel,
Na celulose meus ressentimentos,
Minhas alegrias, meus sofrimentos,
Em versos clássicos ou em cordel.

Vai mostrando ao mundo profano
Os devaneios de um poeta insano,
As quimeras de um velho trovador...

Minha caneta escreve o que bem quer,
Mas ao descrever o ser Mulher,
Assim o faz esculpindo-a com amor.

(Fragmentos de Mim, Brasília, 2002, p.18)


ANJO LIBIDINOSO
(Joésio Menezes)

Todo de branco vestido,
Um anjo apareceu ante mim
Trazendo em seus lábios o carmim,
Em seu corpo, um vulcão adormecido...

Os seus olhos, num frenesi enrustido,
Revelavam as labaredas sem fim
De um fogo queimando o estopim
Da sua pureza, da sua libido.

Esse anjo, todo vestido de branco,
Trazia no rosto um sorriso franco,
Cheio de paz, de amor, de felicidade.

Trazia na pele uma suave essência,
Na alma, a mais pura inocência
E no semblante, o fogo da puberdade

(Fragmentos de Mim, Brasília, 2002, p.31)

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