UM DEDO DE PROSA
BRASÍLIA, 53 ANOS
Quando
aqui cheguei, há 43 anos, Brasília era ainda uma criança assustada com a repressão
causada pelo regime militar. Tínhamos quase a mesma idade (ela com 10 e eu com
9 anos) e nada sabíamos sobre o porquê de todas aquelas atrocidades contra a
população que só queria ser livre, ter o “direito de ir e vir”.
Os
anos passaram, a ditadura militar acabou, Brasília cresceu, amadurecemos... Entanto,
hoje enfrentamos outros problemas inda mais sérios que os de outrora: caos na
saúde e no sistema de transporte público, corrupção aguda nos três poderes, proliferação
crescente da violência urbana, insegurança. E o pior de tudo é que, em consequência
desses dois últimos itens, voltamos aos tempos da ditadura e perdemos o “direito
de ir e vir”, direito este estabelecido pelo Artigo 5º da Constituição Federal.
Mas,
apesar dos pesares, Brasília jamais deixou de ser bela, charmosa e encantadora,
e hoje, aos 53 anos, ela continua encantando e inspirando os artistas que aqui
nasceram e os que para cá vieram e não mais voltaram aos seus torrões. São músicos,
pintores, escultores e poetas que não se cansam de exaltar os encantos que fizeram
de Brasília a “Capital da Esperança”.
E
como filho adotivo desta FELIZ CIDADE, eu não poderia deixar de homenageá-la nesse
dia tão especial para todos nós: o dia do seu aniversário. Sou-lhe muito grato,
pois, ao longo dos anos, ela proporcionou-me intensos e inesquecíveis momentos
de FELICIDADE. Por isso, as publicações desta semana são alusivas ao aniversário da nossa querida cidade.
PARABÉNS,
BRASÍLIA!... PARABÉNS, BRASILIENSES!...
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