quarta-feira, 30 de março de 2011

UM DEDO DE PROSA


O DIA DA MINHA PARTIDA

Se eu pudesse escolher o dia da minha partida, escolheria um dia da primavera em que as flores estivessem esbanjando vitalidade e beleza; em que os majestosos colibris, encantados e inebriados com o perfume que delas exala, nos presenteassem com a leveza e a elegância do seu voo; em que as borboletas exibissem seu balé de asas coloridas ao som de um belíssimo coral formado por rouxinóis e bem-te-vis; em que os ventos espalhassem pelo ar o cheiro afrodisíaco da felicidade que as flores nos proporcionam.
Se eu pudesse escolher o dia da minha partida, e não me fosse permitido partir na primavera, eu escolheria um dia em que o homem estivesse em harmonia com a Natureza; em que o amor tivesse derrotado o ódio; em que a fome e a miséria fossem extintas do planeta Terra; em que os conflitos políticos, religiosos, raciais e sociais não mais existissem entre os homens.
Ah!... se eu pudesse escolher o dia da minha partida, escolheria o dia em que a inspiração do Criador superasse aquela do dia que Ele soprou as narinas da primeira mulher e a ela deu vida, pois certamente meus parentes e amigos não chorariam a minha morte, mas sim celebrariam o fim do ciclo de uma vida.
Enfim, seu eu pudesse escolher o dia da minha partida, e não me fosse possível escolher nenhum dos dias anteriores, eu escolheria o dia em que todos os povos estivessem festejando a PAZ mundial.

2 comentários:

  1. Que texto lindo meu amigo!
    Bjs.

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  2. Muito obrigado, Fatinha!
    Desculpe-me a falta de MODÉSTIA, mas às vezes escrevo algo DIGNO de elogios!...

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