LÁGRIMAS
(Vivaldo Bernardes de Almeida)
Escrevo-te, chorando, estes meus versos,
as marcas no papel logo as verás.
São lágrimas que caem dos olhos tersos;
são manchas que tu nunca apagarás.
Os pingos que tu vês no meu escrito
vêm da alma e os olhos me inundam
e caem quando eu os teus eu fito
e tremem quando os olhos se aprofundam.
Justos são os soluços que me abrasam
ao pensar nas palavras que disseste,
impondo condições que te comprazam.
Penso eu que o amor jamais se vende,
e não há um amante que conteste
depois do fogo que nele se acende.
MARINHA
(Vinícius de Morais)
Na praia de coisas brancas
Abrem-se às ondas cativas
Conchas brancas, coxas brancas
Águas-vivas.
Aos mergulhares do bando
Afloram perspectivas
Redondas, se aglutinando
Volitivas.
E as ondas de pontas roxas
Vão e vêm, verdes e esquivas
Vagabundas, como frouxas
Entre vivas!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirPassei como por acaso e me deparei com o teu blog. Muito linda essas poesias de imortais, parabens amigo.
ResponderExcluirAbraços,