quinta-feira, 15 de março de 2012

CRÔNICA DA SEMANA

OUVIR OU NÃO ESTRELAS?
(Rosa Pena)

para Carol Pena

Ah! Eu queria que cada momento seu fosse um verso bonito, uma frase certa, uma rima preciosa!
Ah! Eu queria que você acreditasse que o amor é como nos poemas, aqueles cheios de entusiasmo criativo, em que as palavras estão molhadas de beijos, promessas do sempre e do nunca, imagens perfeitas de corpos suados, abraçados no antes e no depois. Sonorizados por uma viola enluarada, batendo um papo com as estrelas. Tresloucados com o aval do Bilac. ("Amai para entendê-las!”). Eternidade do primeiro afeto.
Mas amor-perfeito é apenas nome de flor ou de um morador encadernado em alguma estante empoeirada de devaneios. A poesia é companhia do romanesco.
O dia-a-dia tritura as fantasias!
Ou beba sua vitamina pé no chão, ou bem-vinda ao clube dos loucos que ouvem os suspiros da via Láctea!
Ontem ela estava tão chorosa como você. Quem sabe hoje ela não vai sorrir insinuante pro Cacaso?
Olavo que se cuide. Nada acontece por acaso. Tudo tem a mão de Deus.

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