MEUS OLHOS
(Joésio Menezes)
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Meus olhos, secos como deserto,
Lágrimas não produzem mais
Nem choram dores irreais,
Assim, do lamento me liberto.
Eles mantêm-se abertos
Às maravilhas universais,
Mas às questões emocionais
Seu pranto é quase incerto.
Não mais choram por coisas quaisquer,
Nem mesmo pelo desprezo da mulher
Que insiste em não falar comigo...
Meus olhos choram somente
Pelo que o meu coração sente:
A falta daquele ombro amigo.
VERSOS EM SILÊNCIO
(Joésio Menezes)
Antes que no céu surgisse a Lua,
Meus versos calaram-se de repente.
E esse silêncio, aparentemente,
Foi provocado pela ausência tua,
Pois desde que de nós te despediste
Meus versos encheram-se de saudade
E, perdidas na taciturnidade,
Ouvi suas rimas soarem tristes.
Mas o silêncio logo foi quebrado
Quando a mim foram solicitados
Aqueles versos de rimas sonoras...
Peço-te, então: considera atendido
Esse teu irrecusável pedido
E lê os versos que te fiz, agora!...
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