terça-feira, 12 de abril de 2011

O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA

UM OLHAR SUPERLATIVO
(Elcio Tuiribepi e Edu Toribe)

Fico a me indagar
Porque me fitas desse jeito
Com esse olhar superlativo
E não raro, sente-me assim
Inusitadamente aumentativo
Macro gente, macro alma
Com uma gentura que acalma
Por isso gigantesco mesmo
É a amplidão do teu olhar
Tanto que me vê assim
Muito além das paisagens
Muito mais além de mim
Muito mais além enfim
Do que realmente sou
Já que possuo apenas
Um olhar enternecido
Um sentir mais aguçado
E um perceber quase sem fim
De tanto mais amadurado
Que vê, sente e traduz
Inexprimível e emocionado
O que tantos outros olhos
Sem querer não podem ver
Sendo assim, aceito-me
Só por alguns instantes
Ser o reflexo do seu olhar
Esse que dilata sem limites
E me amplia sem fronteiras
Tão além, tão mais extenso
Tão além, tão mais imenso
Dando-me a chance também
Não somente, acredite
De sobremaneira te alcançar
Por isso incontido
Te concedo mil afetos
Amanheço em teus olhos
E feito sol, feito mormaço
Te aqueço em meus braços
Até que te beijo, te abraço
E feito fita, feito laço
Te enfeito, te enlaço
Tua vida, tua lida
Minha alma, teu regaço


JADE
(Silvia Regina Costa Lima)

Em meu braço, o bracelete,
verde-azul de um puro jade
(belas flores no ramalhete)
atestavam amor e saudade.

Bem digno de um palacete,
esse símbolo de eternidade
era mais que um lembrete:
um sinete de feminilidade.

Entre as flores e as samambaias
havia todo esplendor dos Maias
no doce presente do meu amado.

E o tempo parou um instante
porque estava ali bem diante
de um lindo talismã sagrado!

Um comentário:

  1. Grata por passar pelo meu INFINITO.
    Também estarei aqui ais vezes.
    Um abraço

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