terça-feira, 6 de julho de 2010

MEUS VERSOS LÍRICOS

ACONTECEU NA ÁFRICA DO SUL
(Joésio Menezes)

Nas frias terras sul-africanas,
As pedaladas de Robinho
Sob os olhares dos “bafanas”
Ficaram pelo meio do caminho...
Foi no ano dois mil e dez
Que aconteceu esse revés
Com a Seleção Canarinho

Que ao cobiçado título mundial
Como grande favorita chegou
Mesmo sem o futebol genial
Que ao mundo sempre mostrou.
Foi só a bola na grama rolar
Para o mundo inteiro constatar
Que o Brasil à África não chegou.

Já contra a Coréia do Norte,
Os pentas-campeões do mundo
Precisaram contar com a sorte
Para vencer um time infecundo.
Sem apresentar brilho algum
Eles suaram e, por dois a um,
Bateram um pobre moribundo.

O segundo “triunfo” se deu
Diante da Costa do Marfim...
O futebol do Brasil apareceu,
Mas não tão brilhante assim!
Três a um foi o placar final
E o Brasil à oitava-de final
Estava classificado, enfim.

Foi um jogo muito difícil
Em que os costa-marfineses
Mostraram, desde o início,
Que não nos seriam corteses.
O duro time africano
Tirou Kaká e Elano
Do jogo contra os portugueses.

Garantidos na oitava-de-final,
Os jogadores brasileiros
Fizeram contra Portugal,
No seu confronto terceiro,
Um jogo com muito esmero
Em que o zero-a-zero
Os classificaria em primeiro.

Veio, então, a fase seguinte
E o Chile foi a bola da vez.
O Brasil jogou com requinte
E venceu seu antigo “freguês”.
Três a zero foi um placar normal,
Mas na fase de quarta-de-final
Nos esperava o time holandês.

Chega, enfim, a tão esperada
Partida entre Holanda e Brasil,
Há muito por todos comentada
Como o jogo dos segredos mil...
A ansiedade que antecede o jogo
Nos acende em todos um fogo
Ardente, inquietante, hostil...

É dado o pontapé inicial
E logo no início da partida
Recebendo um passe genial
Robinho invade a temida
Retranca do time laranja
Que logo se desarranja:
Foi ela no início batida.

Porém, na etapa final
O revés do time brasileiro:
O dono do “passe genial”
Atrapalha seu próprio goleiro
E tudo, então, desanda
Com o primeiro gol da Holanda,
O Brasil se perde por inteiro.

O segundo gol veio a seguir
Numa jogada de bola parada:
A zaga não conseguiu subir
E a bola foi, então, alcançada
Pela cabeça de um holandês
Que pela segunda vez
Deixou nossa torcida calada.

O jogo chega ao seu final
E, cabisbaixo, o time brasileiro
Dá adeus ao título mundial
Sem mostrar seu futebol verdadeiro.
E sem esboçar qualquer reação
Típica de um grande campeão,
O Brasil frustrou o mundo inteiro.

E mais uma vez foi adiado
O sonho de ser hexa-campeão,
Pois o Brasil fora eliminado
Sem direito à prorrogação.
E agora resta-nos esperar
Dois mil e quatorze chegar...
Enxugue as lágrimas, irmão!

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