
PRIMAVERA
(Graciela da Cunha)
Olhos ávidos de setembro.
Surge a primavera, estação
das cores e sabores,
dos pássaros a cantarem,
das borboletas a voarem,
dos beija-flores a beijarem,
flores a desabrocharem.
Ela (primavera) chega
espalhando magia no ar,
deixando mais belo os jardins.
Viva a primavera! Minha alma sorri!
As esperanças renasceram tingindo o caminho.
As rosas trazem delicado perfume:
amarelas chega com a esperança,
vermelhas da cor da paixão,
brancas mostrando a pureza
que cantam e bailam no vento.
Na primavera as flores florescem,
sorriem e cativam o amor,
brota mais uma poesia
que baila e canta ao vento.
INSENSATO AMOR
(Aila Sampaio)
Insensato amor
que não escuta o barulho dos ventos
nem se rende às tempestades
dos silêncios da madrugada.
É de sonho seu tropel,
a contar estrelas
para matar o tempo e seguir estrada;
são de ternura os remos de sua ilusão
a deter a correnteza do rio que o arrasta.
Maltratado amor, posto à deriva
sob os serenos e as quedas d´água
não lê os avisos de perigo
nem se furta aos despenhadeiros;
lança-se aos abismos, desce cascatas,
mas não se deixa vencer
nem mesmo pelas noitadas
quando quer voltar,
mas lembra que não tem casa.
Insensato amor que navega
sozinho sem remos
e voa sem ter asas...
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