terça-feira, 20 de outubro de 2009

MEUS VERSOS LÍRICOS


CASUALMENTE
(Joésio Menezes)

Só mais um decote teria sido
Não fosse a pessoa que o vestia...
Meu olhar não o teria percebido
A olhos nus, em plena luz do dia,

Não fosse o jeito descontraído
Da bela moça que o exibia
Sem saber que ali um enxerido
Aprendiz de poeta entraria.

E ao adentrar-me, que coisa bela!
À mostra estavam os seios dela.
Parte deles - que se diga a verdade! -,

Mas o bastante para instigar
O fogo ardente a me queimar
O corpo inteiro, sem piedade...


ÚLTIMOS VERSOS
(Joésio Menezes)

Serão estes os últimos versos meus
Oferecidos aos lindos olhos teus?
Não sei!... Isso não posso afirmar,
Pois toda vez que os fito, me encanto
E quando encantado fico, me espanto
Com o doce feitiço do teu olhar.

E toda vez que penso em me dizer
Que não mais sinto vontade de escrever
Versos quaisquer aos olhos teus,
Uma força estranha se apossa de mim
E me diz que não posso pensar assim,
Pois são os teus olhos obras de Deus.

Mas posso afirmar, com certeza,
Que o doce feitiço e a beleza
Que têm esses lindos olhos teus
Muito me ajudaram a perceber
Que antes dos que ainda irei fazer,
Serão estes os últimos versos meus.

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