terça-feira, 13 de outubro de 2009

O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA


O MEU SOL
(Vivaldo Bernardes)

O meu Sol se apagou e nada mais eu tenho
senão a escuridão e as desilusões
que infestam o meu viver de modo tão ferrenho,
matando o que restou das minhas pretensões..

Chorei a tua falta até secarem os olhos;
cantei tua partida em tristes versos meus.
Mas tu não escutaste os lamentos e entolhos
e não te importam meus gestos de adeus.

Agora que partiste e tudo já passou,
meu drama continua, pois não se acabou
a dor que ainda choro inconsolavelmente.

Tu eras o meu Sol e eu me aquecia em ti.
São tempos já passados e eu nunca esqueci
os beijos que me davas, enlouquecidamente.


SENTIMENTOS D'ANTES GENUÍNOS
(Taciana Valença)

Suscitou sob obscura forma
um ímpeto de atroz insanidade
tornando tormento
delicada afetividade

que por mais que pura
vascila, oscila e sucumbe
ao precipício da frivolidade
fazendo vencer o falso
sobre o genuíno
restando o descaso
no abandono do ninho

Ah!
Quão raros são os escrúpulos!
Vivendo em nimbos
onde a leviandade os desbancam

Fechando os olhos
aos seus apelos
rindo-se pois
por tantos zelos!

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