UM DEDO DE PROSA
EMPORCALHAMENTO ELEITORAL
Ontem,
após exercer o meu papel de cidadão, fiquei ali, parado na esquina, observando o
entra e sai de eleitores na escola em que votei. E de cada 10 pessoas que de lá
saíam, pelo menos duas escorregavam nos “santinhos” e panfletos jogados pelo
chão. Aliás, havia mais santinhos e panfletos que chão propriamente dito!...
Lá
pelas tantas, alguém não conseguiu equilibrar-se após o escorregão e caiu de
pernas pro ar. Era uma jovem. E, felizmente, nada de mal lhe aconteceu; apenas
um pequeno prejuízo material: a tira de uma das sandálias quebrara-se, e ela
fora obrigada a voltar para casa com os pés descalços.
Mas
se o moça tivesse sofrido alguma lesão grave, quem seria responsabilizado?... A
quem seus familiares deveriam recorrer?... Qual seria a punição aplicada aos
políticos que, por meio dos seus cabos eleitorais, emporcalharam a cidade, colocando
em risco a integridade física dos transeuntes?...
Sem
respostas para essas perguntas, sacudi a cabeça negativamente e retornei para
casa, preocupado com o que poderia ter acontecido se fosse um idoso em vez
daquela moça.
Espero
que no próximo dia 26 de outubro, os cabos eleitorais dos que disputarão o
segundo turno tenham mais consciência e não emporcalhem tanto a nossa cidade,
pois assim as ruas ficarão mais bonitas durante a celebração dessa grande festa
democrática chamada ELEIÇÕES. E o melhor: ninguém correrá o risco de sair da
seção eleitoral levado por uma ambulância.
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