segunda-feira, 6 de outubro de 2014

UM DEDO DE PROSA

EMPORCALHAMENTO ELEITORAL


            Ontem, após exercer o meu papel de cidadão, fiquei ali, parado na esquina, observando o entra e sai de eleitores na escola em que votei. E de cada 10 pessoas que de lá saíam, pelo menos duas escorregavam nos “santinhos” e panfletos jogados pelo chão. Aliás, havia mais santinhos e panfletos que chão propriamente dito!...
            Lá pelas tantas, alguém não conseguiu equilibrar-se após o escorregão e caiu de pernas pro ar. Era uma jovem. E, felizmente, nada de mal lhe aconteceu; apenas um pequeno prejuízo material: a tira de uma das sandálias quebrara-se, e ela fora obrigada a voltar para casa com os pés descalços.
            Mas se o moça tivesse sofrido alguma lesão grave, quem seria responsabilizado?... A quem seus familiares deveriam recorrer?... Qual seria a punição aplicada aos políticos que, por meio dos seus cabos eleitorais, emporcalharam a cidade, colocando em risco a integridade física dos transeuntes?...
            Sem respostas para essas perguntas, sacudi a cabeça negativamente e retornei para casa, preocupado com o que poderia ter acontecido se fosse um idoso em vez daquela moça.
            Espero que no próximo dia 26 de outubro, os cabos eleitorais dos que disputarão o segundo turno tenham mais consciência e não emporcalhem tanto a nossa cidade, pois assim as ruas ficarão mais bonitas durante a celebração dessa grande festa democrática chamada ELEIÇÕES. E o melhor: ninguém correrá o risco de sair da seção eleitoral levado por uma ambulância.

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