sexta-feira, 27 de abril de 2012

UM DEDO DE PROSA

IMUTÁVEL

Enquanto na Câmara e no Senado discutem a aprovação ou não do novo Código Florestal brasileiro (o anterior data de 15 de setembro de 1965), bilhões de reais escoam pelos propinodutos da Vida Real e deságuam nos reservatórios particulares de alguns políticos e empresários brasileiros que mantêm contas bilionárias em paraísos fiscais.
Enquanto em Brasília os professores, há mais de 40 dias, se desgastam num longo embate com o GDF em busca de melhores salários, o governo – que alega não ter verba em caixa – investe todo o dinheiro destinado à Saúde, à Educação e à Segurança na construção do superfaturado Estádio Nacional, simplesmente para atender a um capricho da entidade maior do futebol mundial, a FIFA.
Enquanto nossos impolutos políticos “lavam a égua” sob as ricas e turbulentas águas do Cachoeira, milhões de brasileiros sequem têm um copo de água potável para beber ou um quarto de um pão para pôr à mesa diariamente.
E enquanto aqui estou, buscando o que dizer neste pequeno espaço sem nenhum valor literário, milhares de crianças estão morrendo de inanição; inúmeras famílias estão perdendo seus filhos para as drogas; um grande número de crianças e adolescentes estão se prostituindo em troca de um simples prato de comida; muitos pais de família não estão regressando às suas casas, pois suas vidas estão sendo interrompidas por assaltantes e os nossos governantes nada estão fazendo para mudar esse quadro.


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