quinta-feira, 18 de agosto de 2011

UM DEDO DE PROSA

CRÔNICA DO TEMPO ALADO

Quando o deus Cronos criou o Tempo, deu a ele asas para que pudesse voar livremente pelo espaço cronológico, orientando os reles mortais no que diz respeito ao passado, presente e futuro dos fatos e da vida.
E sentindo-se alado, os ponteiros do seu velocímetro giram numa velocidade incontrolável, buscando acertar o destino dos que dele dependem e a ele resistem. Porém, o giro dos seus ponteiros jamais retrocede tampouco para na órbita cronológica dos acontecimentos para que possamos consertar o que fizemos de errado numa fração de segundo ou no decorrer das nossas vidas.
Ao mesmo tempo em que o Tempo pode ser implacável para com as pessoas em relação ao desgaste físico resultante da idade, ele pode também ser um grande aliado no que diz respeito a situações que exigem um certo tempo para se tomar uma importante decisão, como o que fazer para que uma vida – em situação de risco - seja salva ou prolongada por mais algum tempo.
Geralmente, o Tempo se arrasta sem pressa alguma quando alguém está numa fila de hospital à espera de um atendimento médico. Em contrapartida, ele voa na velocidade da luz quando se tem uma vítima de afogamento esperando por socorro.
E já que o tema em questão é o Tempo, preciso encerrar essa prosa por aqui, pois o tempo de intervalo é curto e alguns alunos esperam-me em sala de aula, angustiados por causa do tempo em que estão na escola.

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