domingo, 17 de julho de 2011

MEUS VERSOS LÍRICOS

A MICROSSAIA
(Joésio Menezes)

Outro dia em sala de aula
Vejam o que me aconteceu:
Estava eu estudando
Quando ela apareceu.
Entrou sorrateiramente
E ao meu lado foi sentar-se,
Perguntou-me o que estudava,
Respondi - “É sintaxe”.


Sem desviar a atenção
Continuei estudando,
Quando lá bem ao fundo
Ouvi alguém me chamando.
Virei-me lentamente
Para atender ao chamado
E tive uma doce surpresa,
Ela ainda estava ao meu lado.

Porém, surpresa maior
Eu tive ao perceber
Que ela usava minissaia,
Coisa linda de se ver...
Um colírio aos meus olhos,
Negar isso eu não faço,
Mas uma afronta aos meus nervos
Que são fortes, mas não de aço.

Além das suas lindas pernas
A minissaia também mostrava
As rendinhas transparentes
Da calcinha que ela usava.
Daí por diante, vejam vocês,
Foi-se embora a concentração
E os meus nervos adormecidos
Entraram em erupção.

O grande motivo da erupção
Não foi só a sua calcinha,
Mas também algo interessante
Que dentro dela eu sei que tinha.
Nesta vida acreditava em tudo,
Até na estória da Cinderela,
Só não acreditava que um dia
Pudesse ver a calcinha dela.


SIM, EU ME LEMBRO!...
(Joésio Menezes)

Como eu haveria de esquecer
Meu jeito tímido e o teu calado
Se naquela noite não pude deter
O ímpeto do teu “beijo roubado”?

Como não haveria de enternecer
Aqueles olhares apaixonados
Que trocamos ao anoitecer
Antes de estarmos ali abraçados?

Como não haveria de me lembrar
Do lirismo deixado no ar
Pelas nossas poesias desmedidas?...

Está difícil, também, esquecer
O que depois viria a acontecer:
A nossa traumática despedida!

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