UM DEDO DE PROSA
PUNIÇÃO
AOS INFRATORES
(Joésio
Menezes)
A exemplo de
muitos outros cidadãos honestos, fui condenado à prisão em minha própria casa -
cujas grades estão por toda parte – pelos crimes de respeito às leis (ainda que
discordando de algumas delas) e à ordem pública, pagamento em dia dos Impostos
que me são impostos e porte ilegal da honestidade, que há anos põe em risco a
integridade moral dos nossos políticos.
Tal
punição me foi merecidamente sentenciada em benefício da segurança dos
Delinquentes Juvenis que, amparados pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e
por órgãos ligados aos Direitos Humanos, precisam de mais liberdade para
cometerem “pequenos” delitos, os quais destinam-se ao seu sustento e,
principalmente, à sua diversão.
Posso
estar equivocado, mas dependendo do nosso bom comportamento, poderemos ter
nossas penas mudadas para o regime semi-aberto, em que poderemos sair durante o
dia para trabalharmos, garantindo a esses Pequenos Delinquentes o direito à
caça de novas vítimas de assaltos, estupros, espancamentos ou homicídios,
direito que lhes fora garantido pelo ECA e endossado pelos Direitos Humanos,
que veem nesse merecido privilégio a garantia de esses garotos se tornarem
traficantes de armas e drogas bem-sucedidos, com possibilidade de chegarem,
inclusive, ao cargo de Chefes do Tráfico ou – quem sabe? - a um cargo político.
E
nada podemos fazer (nem devemos) para impedir que essas “crianças” –
postulantes à patente de “Bandido de Alta Periculosidade” - consigam chegar lá,
pois isso é direito delas, adquirido (e já garantido) por lei. E se é lei, quem
a infringir merece ser severamente punido.