sexta-feira, 31 de agosto de 2012

UM DEDO DE PROSA


ENQUANTO ISSO, NOS ARREDORES DO BRASIL...

“Nunca na história desse país” falou-se tanto em GREVES. Atualmente, são mais de 30 categorias paradas, reivindicando melhores condições de trabalho e melhores salários.
Com a deflagração dessas greves, a população sofre muito com a falta de serviços essenciais e de vital importância a todos. Parando os serviços de saúde, segurança, educação e transporte, o Brasil inteiro deixa de crescer, a economia empaca, a inflação sobe, a violência cresce, o povo padece e os políticos riem.
Enquanto as Universidades Federais, as Polícias, os professores, os metroviários, os rodoviários e outras centenas de milhares de trabalhadores discutem com o governo o não parcelamento, em três vezes, dos pouco mais de 15% de aumento salarial, os políticos reajustam (da noite para o dia) os seus próprios salários em mais de 100%.
Pois bem!... Chegou a hora de a população inteira aderir a um outro movimento grevista, dessa vez nas urnas, pois as campanhas eleitorais para Prefeitos e Vereadores já estão em andamento. Seria muito bom – e, também, muito oportuno – se a população virasse as costas para esses políticos, da mesma forma que eles (os postulantes a uma vaga nas Câmaras Estaduais e Municipais) fazem com seus eleitores.
Em Brasília, felizmente não haverá eleições em 2012. Porém, em 2014 iremos às urnas; e eu “votarei nas prostitutas, pois já me cansei de votar em seus filhos”. Com todo o respeito que devo a elas, certamente as meretrizes não permitirão que os trabalhadores entrem em greve, pois se isso acontecer, elas serão as maiores prejudicadas uma vez que seus "clientes" não terão dinheiro para pagar-lhes pelos serviços "amatórios" a eles prestados.
MEU VERSOS LÍRICOS


NÓS E A POESIA
(Joésio Menezes)

- À Benedita -

Sem ti eu não irei morrer,
Mas a minha poesia sim.
E isso será o meu fim,
Pois sem ela não sei viver...


Meus versos não podem fenecer
Tão drasticamente assim,
Pois enquanto és tudo para mim,
São eles a essência do meu ser.

Por isso, te peço de coração:
Ouçamos a voz da razão
E amemo-nos um pouco mais.

Somente assim minha poesia
Viverá em eterna sintonia
Conosco e com outros casais.


NOBREZA PISCIANA
(Joésio Menezes)

No dia trinta de agosto
Nasceu em Posse de Goiás
Um querubim já predisposto
A nos provar que é capaz

De resistir, a contragosto,
Às dores da paixão mordaz
Que, nos trejeitos do seu rosto,
Se mostra acesa e vivaz.

Esse arcanjo pisciano
Trouxe no nome anglicano
O valor do metal Dourado;

E com ele, toda a nobreza
Típica de uma princesa
Com o seu príncipe encantado.
O MELHOR DA POESIA BRASILEIRA


VELHO
(Cora Coralina)

Estás morto, estás velho, estás cansado!
Como um suco de lágrimas pungidas
Ei-las, as rugas, as indefinidas
Noites do ser vencido e fatigado.

Envolve-te o crepúsculo gelado
Que vai soturno amortalhando as vidas
Ante o repouso em músicas gemidas
No fundo coração dilacerado.

A cabeça pendida de fadiga,
Sentes a morte taciturna e amiga,
Que os teus nervosos círculos governa.

Estás velho estás morto! Ó dor, delírio,
Alma despedaçada de martírio
Ó desespero da desgraça eterna.


SONETOS QUE NÃO SÃO
(Hilda Hilst)

Aflição de ser eu e não ser outra.
Aflição de não ser, amor, aquela
Que muitas filhas te deu, casou donzela
E à noite se prepara e se adivinha

Objeto de amor, atenta e bela.
Aflição de não ser a grande ilha
Que te retém e não te desespera.
(A noite como fera se avizinha.)

Aflição de ser água em meio à terra
E ter a face conturbada e móvel.
E a um só tempo múltipla e imóvel

Não saber se se ausenta ou se te espera.
Aflição de te amar, se te comove.
E sendo água, amor, querer ser terra.
CRÔNICA DA SEMANA


DEPRESSÃO
(Ilze Soares)

Ela está ali. Parada, imóvel, paralisada... Nada nem ninguem a importuna. Cabelos emaranhados, roupas desbotadas, pele sem viço, olhar sem brilho... A vida, para ela, perdeu a graça. O silêncio estancou o riso e emudeceu a voz.
Não enxerga mais os encantos da vida, a magia das noites enluaradas, o fascinante piscar das estrelas, a beleza do desabrochar das flores colorindo e perfumando as manhãs...
Seu sol interior apagou-se, não aquece mais sua alma.  Não ouve o canto dos pássaros, o murmúrio do mar, a canção do vento, o riso inocente de uma criança...Nem vê o ballet das borboletas coloridas no jardim, a suavidade do beija-flor se alimentando de nectar, a agilidade das abelhas polinizando as flores.
Um novo dia...Mais uma noite... Sucessão interminável de horas, dias, semanas...Puro tédio!
Depressão...Doença da alma e do coração. Mina as forças, destrói as emoções.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012


UM DEDO DE PROSA

ALUNOS DO CDG FAZEM HOMENAGEM A PLANALTINA-DF

Por ocasião do 153º aniversário de Planaltina-DF, alunos e professores do Instituto Global de Educação (CDG) promoveram uma tarde temática no interior daquele estabelecimento de ensino. Auxiliados pelos seus professores, os estudantes correram atrás de informações acerca da história e da cultura da cidade e, na tarde do dia 18/08 (sábado), expuseram seus trabalhos à visitação pública.
Na exposição intitulada Caminhada ao Passado – De Planaltina a Mestre D'armas, de tudo havia um pouco: roda de capoeira, poesias, exposição de pinturas e vídeos, música, catira, maquetes dos pontos turísticos da cidade, teatro e comidas típicas da região. Havia, inclusive, uma réplica da Pedra Fundamental de Brasília.
Os convidados que lá se fizeram presentes - dentre os quais a escritora Geralda Vieira (presidente da Academia Planaltinense de Letras) e eu -, encantados ficaram com os trabalhos apresentados pelos estudantes e não arredaram pé antes da última apresentação: uma peça teatral dirigida pela professora Rafaella Lira, que fez uma adaptação do cordel PLANALTINA EM 150 VERSOS, de minha autoria.
A peça foi fiel aos fatos históricos da cidade, que foram narrados - com uma leve pitada de humor - pelos alunos Alef Senna, Felipe Froes, Fernanda Caroline, Letícia Alves, Michele Alves, Milla Christie, Nathália Rodrigues, Nayara Oliveira, Pedro Ribeiro, Phellipe Rayner e Thamiris Gomes. Desde a chegada de Mestre D’Armas ao pequeno povoado da Vila de Santa Luzia até a Planaltina de hoje, nenhum detalhe foi esquecido pelos estudantes-atores do CDG.
Esperamos que, num futuro bem próximo, todas as escolas de Planaltina (públicas e privadas) possam ter iniciativas como essa, pois assim a história e a cultura da nossa cidade não correrão o risco de se perderem no tempo.
Parafraseando o escritor maranhense Coelho Neto, “uma cidade sem história é uma cidade sem memória”, e o que esses meninos fizeram foi simplesmente resgatar e nos repassar - à maneira deles - um pouco da rica história mestredarmense, a qual ficará para sempre gravada na memória de quem se fez presente até o final daquele lindo espetáculo.

MEUS VERSOS LÍRICOS

QUANDO TE SENTIRES SÓ...
(Joésio Menezes)

Quando te sentires só,
Não te apoquentes,
Pois sozinha não estás...
Os Anjos, certamente,
Contigo estarão
E ao teu lado seguirão
Aonde quer que vás.

Quando te sentires só
Na tua longa caminhada,
Não te julgues incapaz
Nem te sintas rejeitada,
Pois os Anjos protetores
Te guiarão  por onde fores,
Te livrarão das línguas más.

Quando te sentires só,
Faz uma oração a Deus
E mostra que és capaz
De enfrentar os medos teus,
Pois Ele é teu Amigo
E sempre estará contigo,
Inda que não te sintas em paz.


ENSAIO SOBRE A BELEZA
(Joésio Menezes)

Afinal,
A beleza é consequência dos fatos
ou qualidade das fotos;
é substantivo abstrato
ou atributo remoto;
é adorno dos relatos
ou detalhe que não noto?...

Não sei!...
Apenas sei que a beleza da gente
está nos olhos de quem a vê
e no coração de quem a sente;
nos comerciais de TV
e num sorriso inocente
indagando os porquês.